A vida pastoral traz em si, algumas questões. Ninguém te
avisa sobre estas coisas antes. O que vou relatar aqui, não se aprende num curso ou seminário. Apenas com a experiência
pessoal, é possível vislumbrar o peso pastoral. Temos que aprender a lidar com
uma angústia esfuziante, que praticamente tira o seu folêgo, por conta da
responsabilidade profética e sacerdotal. Passamos por situações de
incompreensão e ingratidão. De vez em quando (quase sempre), temos que aguentar
firme e não sucumbir ás pressões pelas decisões difíceis das quais apenas o pastor pode
tomá-las.
Apesar da cobrança e do julgamento das pessoas, apesar de
tudo isso, somos imensamente privilegiados, em participar das maiores alegrias
e tristezas da vida. Casamentos, nascimentos, funerais e divórcios. Uma verdadeira montanha
russa de emoções. Mais do que ninguém, o pastor precisa aprender a alegrar-se
com os que se alegram e chorar com os que choram, trocar sorrisos por lágrimas
sempre que necessário.
Acima de tudo isso, somos brindados com a alegria da
renovação do Espírito Santo, em nossa própria vida e na vida das pessoas que
nos rodeiam. Como é bom ver as pessoas crescerem! Como é bom participar da obra
de Deus.
A cada dia que passa, estamos mais próximos de um organismo,
e mais distantes de uma organização.
Em cada culto, reunião, encontro, consagração, estamos mais
parecidos com uma família.
Eu creio que , em matéria de crescimento espiritual, hoje
foi melhor do que ontem, e amanhã será melhor do que hoje.
Hoje completo 37 anos de idade. 12 de casamento, 8 como pai.
8 como pastor. 859 filhos. 2 casas. 1 esperança, uma porta. Jesus.
São Gonçalo, Porto da Madama, 22 de Junho de 2013, na graça
de Deus.