sexta-feira, 26 de junho de 2015

O dia em que a Alegria chorou. ( By Arlington)

Ou 

O que eu aprendi com o filme "Divertida Mente"

 A PIXAR lançou recentemente um filme muito interessante. A proposta é mostrar o que acontece dentro da mente de uma menina de 11 anos e como as emoções influenciam as tomadas de decisão. Cada indivíduo do filme possui um conjunto de 5 emoções básicas que alternam na "sala de controle": Alegria, Tristeza, Raiva, Medo e Nojinho (uma forma de representar a apatia).A menina está enfrentando uma mudança de cidade com os seus respectivos desafios. Algumas coisas não acontecem da maneira esperada (a mudança com os móveis não chegam na data prevista). Ela precisa lidar com a nova escola, o medo da rejeição e a tristeza em deixar tudo para trás. As memórias do dia são armazenadas na "Sala de Controle" e posteriormente são realocadas para dentro da mente, pelo trem da imaginação: Algumas dessas memórias servem como base para formação de traços da personalidade. As demais vão para o armazenamento, podendo ir para o esquecimento ou para o subconsciente. Cada memória é marcada com uma cor, que representa a emoção ligada à lembrança. Quando a memória perde a cor, significa que não é mais relevante para a menina, sendo abandonada no abismo do esquecimento.

Eis o que aprendi com este filme:

Não dá pra ser feliz 100% do tempo

As pessoas que buscam a felicidade a qualquer preço, são as que mais tem dificuldade em alcançar tal intento. Porque a vida não é feita apenas de momentos bons. Existem circunstâncias que precisam ser encaradas. Alegria (a personagem do filme), precisou quase ser esquecida, para aprender esta importante lição. Ela que desprezava a Tristeza, ou pelo menos tentava manter a tristeza fora do controle, enxergou que até mesmo nos momentos alegres, de alguma forma, Tristeza estava presente com a sua contribuição. Com o amadurecimento, Alegria compreende que as memórias base (usadas para definir os traços de personalidade), não podem ser de emoções puras, mas de um misto que resulta em crescimento.

Esquecer faz parte da vida

O filme apresenta uma figura muito interessante: a migo imaginário chamado Bimbo. Protagonista de uma das cenas mais emocionantes, Bimbo entende que precisa abrir mão de si mesmo, para que Alegria pudesse ter uma chance de voltar a "sala de controle". Isto nos ensina que no processo de amadurecimento, é necessário deixar algumas coisas para trás, para poder prosseguir.

A Tristeza também tem seu lugar

O filme trata da temática da Tristeza de forma consistente e realista. Não apresenta fugas para um assunto que as pessoas tendem a fugir. Parabéns a Pixar. Eles procuram mostrar, que apesar de pouco popular na "sala de controle", por vezes, Tristeza precisa assumir o controle, para que o consolo possa surgir através da familia ou amigos. É interessante observar que Tristeza passou mais tempo estudando os "manuais da memória", e por isso tem mais conhecimento dos meandros da mente. Me faz lembrar do texto bíblico que diz que a tristeza nos torna mais sábios. (Ec 7.2-3)

O processo depressivo mostrado de forma diferente

Quando a menina perde a Alegria e a Tristeza (você precisa assistir ao filme),  começa a agir com raiva e apatia. Nada a entusiasma, e não consegue mais ser confrontada de forma positiva. O filme demonstrou de forma prática o que acontece com alguém que vivencia o processo de depressão. Ilustra a ausência de determinadas emoções e a consequente resposta com raiva, que significa a perda da paciência e a apatia em relação às atividades que antes produziam prazer e satisfação.

O amadurecimento é representado pela capacidade de lidar com multiplas emoções.

Por fim, apreciei este filme, pois não apresenta nenhuma familia partida, mas um dilema real (mudança de endereço), e termina de forma positiva. Boa pedida para adultos e crianças.

Pixar, 1995: O que aconteceria se brinquedos tivessem sentimentos (Toy Story)
Pixar, 1998: O que aconteceria se insetos tivessem sentimentos (Vida de inseto)
Pixar, 2001: O que aconteceria se montros tivessem sentimentos (Monstros S/A)
Pixar, 2003: O que aconteceria se peixes tivessem sentimentos (Procurando Nemo)
Pixar, 2004: O que aconteceria se super heróis tivessem sentimentos (Os Incríveis)
Pixar, 2006: O que aconteceria se carros tivessem sentimentos (Carros)
Pixar, 2007: O que aconteceria se ratos tivessem sentimentos (Ratatouille)
Pixar, 2008: O que aconteceria se robôs tivessem sentimentos (Wall-e)
Pixar, 2009: O que aconteceria se cachorros tivessem sentimentos (Up - Altas aventuras)
Pixar, 2012: O que aconteceria se a Escócia tivesse sentimentos (Valente)
Pixar, 2015: O QUE ACONTECERIA SE OS SENTIMENTOS TIVESSEM SENTIMENTOS.

Boa semana,

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Escrevendo em nós. by Vantuil Gonçalves

Aos mestres com carinho!
Certa feita quando aplicava uma prova, todos em silêncio resolviam as questões propostas. Faltando pouco mais de 10 minutos um aluno levantou o braço e pediu uma folha em branco.
Levei a folha até a carteira e perguntei por que queria mais uma folha.
Ele disse-me que havia respondido as questões, no entanto tinha rabiscado muita coisa. “Minha prova”, disse ele, “tá uma confusão danada e  queria começar tudo de novo”.
Apesar do pouco tempo, entreguei a folha, torcendo para que houvesse tempo hábil para recomeçar.
Conclusão: não houve tempo suficiente de passar tudo a limpo.
Assim recebi as duas provas, prometendo que leria ambas e aproveitaria as questões corretas da prova rabiscada.
Este fato me trouxe uma lição de vida. Ao nascermos somos uma “folha em branco” e durante nossa existência vão escrevendo em nossa “folha”. O psiquiatra C. G. Jung afirmou que “nascemos originais e nos tornamos cópias”. Vão escrevendo em nós e nos marcando pelo resto da vida. Não temos como fugir desta realidade.
Assim, o problema não é escrever, pois não podemos evitar. A questão é o que estão escrevendo. O que se escreve em nosso psiquê não se apaga!  
Só existe uma saída: é “levantar as mãos” e pedir outra “folha”. É escrever coisas novas, belas e construtivas para que os nossos “rabiscos” sejam eclipsados e novas mensagens sejam  assimiladas em nosso ser, integralmente.
Mesmo sabendo que aquilo que foi escrito não se apagará.

Vantuil Gonçalves

Oito valores do trabalho em equipe que uma igreja saudável mantem (by Rick Warren)



O êxito de seu ministério depende amplamente em desenvolver uma equipe forte com uma profunda concepção de espírito de equipe. Eu tenho testemunhado o incrível poder de uma equipe unida para criar crescimento e tenho aconselhado muitas igrejas que não estão crescendo porque suas equipes trabalham de forma individual e não como um time.

Espírito de equipe nunca é acidental, é sempre intencional. O trabalho em Equipe é baseado em três fatores:

Um propósito convincente;
Comunicação clara e cristalina;
Um código de valores comuns.

Na igreja de Saddleback, nós comunicamos os oito valores de trabalho em equipe através de um acróstico simples: TEAMWORK (Trabalho em Equipe)

T - Trust = Confiança
A confiança dentro de sua equipe é a cola emocional que os une para que fiquem juntos. É essencial que se produza confiança um no outro. Existem três fatores que criam confiança dentro de uma equipe:
            1. Coerência - As pessoas confiarão em você, se vez após vez, observarem que você reage de uma maneira razoável e coerente.
            2. Lealdade - Defenda os membros de sua equipe quando são criticados e então cheque os fatos posteriormente em particular, sempre esperando o melhor, até que exista evidência concreta do contrário.
            3. Delegar- Quando você delega à sua equipe poder para tomar decisões, você está essencialmente dizendo a eles: "Eu confio em vocês!" Pessoas confiam em líderes que confiam neles.

E - Economy of energy = Economia de Energia
Mesmo um cavalo puro sangue não consegue correr em marcha contínua o tempo todo. A maneira mais rápida de "queimar" uma equipe é nunca deixa-la relaxar. O livro de Provérbios nos ensina: "Um espírito manso e tranquilo prolonga a vida." (Provérbios 14.30 BV) Se você quiser que as pessoas de sua equipe durem, eles precisam ter um tempo de inatividade.

Aqui estão algumas formas de promover uma economia de energia dentro de sua equipe:
            · Antecipar e compensar situações pessoais e familiares que costumar sugar a energia, tais como doenças ou novos bebês. Sua equipe tem uma vida fora de sua área ministerial.
            · Permitir que as pessoas trabalhem em níveis de energia diferentes em dias diferentes. Em determinados dias, todos trabalham rápido e entusiasmados. Outros dias, é importante desacelerar. A longo prazo, o devagar e sempre supera o velozes e furiosos.
            · Planeje seu ano em ciclos de energia. Em Saddleback, nós sempre instituímos períodos de descanso para consolidação entre as campanhas de maior crescimento e iniciativas.
            · Permita flexibilidade nas agendas, quando possível.
            · Faça com o que o trabalho seja divertido!

A - Affirmation (Afirmação ou reconhecimento)
Todas as pessoas são ávidas por reconhecimento. Quando elas não tem, ficam bravas. É impressionante como um  sorriso e uma simples palavra de encorajamento podem mudar o dia inteiro de um membro da equipe. Quatro formas práticas de você reconhecer sua equipe deveria ser:
            1. Valorize as ideias deles
            2. Aprecie sua singularidade
            3. Elogie seus esforços
            4. Louve por sua lealdade

M - Management of Mistakes ( Gerenciamento de equívocos ou erros)
A Bíblia nos ensina: "pois ainda que o justo caia sete vezes, tornará a erguer-se" (Provérbios 24.16 NVI). Eu amo este versículo porque ele salienta que mesmo pessoas justas podem cometer erros e tropeçar de vez em quando. Erros não são fracassos, porque você não é um fracassado a menos que desista. Erros nos ensinam o que não funciona. Se você não comete nenhum erro é porque está na zona de conforto e não está tentando nada novo. Eu digo à minha equipe que cada um deles cometa pelo menos um erro por semana - contanto que não seja o mesmo anterior! Erros são a forma de aprendermos e sermos melhores.

W - Weekly Staff Meetings ( Reuniões semanais)
Por anos, eu pedi à minha equipe que me trouxesse um breve relatório semanal em um cartão pequeno. Isto mantêm os relatórios curtos e focados. Então aqueles cartões se tornaram a pauta de nossa reunião. Hoje nós usamos e-mail. Aqui estão as quatro perguntas que você quer saber como líder:
            · "Eu fiz progresso em ______________________________"
            · "Eu estou tendo dificuldade com ______________________"
            · "Eu preciso de uma decisão sua sobre___________________"
            · "Eu sou grato por_________________________________"

O - Open communication (Comunicação aberta)
Comunicação aberta é a pedra angular de um grande trabalho em equipe. Provérbios 13.17 (BV) diz: "Um mensageiro que não dá a mensagem certa provoca muitos mal-entendidos." Existem três barreiras comuns para uma grande comunicação:
1.   Presunção – Quantos problemas tem sido causados pela frase “Mas eu pensei que…”? Eis algumas suposições fatais: supor que existe somente uma maneira de ver um problema; supor que todos sentem o mesmo que você; supor que alguém nunca vai mudar (eles mudam); supor que você consegue saber os motivos de outra pessoa (você não sabe).
2.   Impaciência acaba com a comunicação aberta porque estamos mais interessados no que vamos dizer do que ouvir o que outros dizem. Impaciência faz com que você tome conclusões precipitadas.
3.   Orgulho – Quando você acha que sabe tudo, você se torna resistente ao feedback, e você se torna defensivo em vez de realmente ouvir os outros e aprender.

R – Recognition and Reward (Reconhecimento e premiação)
Quanto mais crédito você dá aos outros, mas você desenvolve o espírito de equipe. É simples. A Bíblia diz, “honrem e respeitem a todos aqueles a quem isso for devido.” (Romanos 13.7 BV)

K – Keep on learning (Mantenha-se aprendendo)
Todo líder é um aprendiz. No momento em que você para de aprender, você para de liderar. Como eu faço consultoria nas igrejas, tenho visto que igrejas que crescem precisam de líderes que crescem.
Outro provérbio diz “A mente do homem sábio está sempre aberta para receber o conhecimento e seu ouvido aberto para ouvir novas ideias.” (Provérbios 18.15 BV) Você faz isso? Você encoraja seus membros de equipe a manter-se crescendo, desenvolvendo e aprendendo? Em Saddleback, nosso staff está constantemente lendo livros e ouvindo gravações para aprimorar suas habilidades e desenvolver seu caráter.

Se você praticar estes oito valores T.E.A.M.W.O.R.K. com sua equipe, você experimentará um novo nível de trabalho em equipe em sua igreja que levará seu ministério a novas alturas.

Rick Warren
Rick Warren é o fundador da Igreja de Saddleback em Lake Forest, California, uma das maiores e influentes igrejas da América. Rick é autor do Best seller pelo jornal New York Times “Uma vida com propósitos”. Seu livro “Uma igreja com propósitos”, foi considerado um dos 100 livros cristãos que mudaram o século 20. Ele também é fundador do Pastors.com, uma comunidade global de internet para pastores.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Perder para ganhar

"Quem ama a sua vida não terá a vida verdadeira; mas quem não se apega à sua vida neste mundo, ganhará para sempre a vida verdadeira."
João 12.25 NTLH

Jesus não propõe melhorar seu comportamento. Ele propõe matar você para que você possa nascer de novo. Jesus não propõe facilitar a sua vida para que você conquiste seus sonhos. Ele está compromeitdo em abrir seus olhos para se enxergar como parte de sonhos muito maiores: os dele. Ele não propõe lhe dar uma vida confortável. ele quer lhe ajudar a viver plenamente a missão para a qual você nasceu.
Quem só ama a si mesmo é um buraco negro ambulante que drena tudo ao redor em busca de satisfazer seus desejos. mas quem escolhe perder a vida para ter Jesus tem, como ele, tudo. Ele é pleno de sonhos, pleno de prazeres; todos muito maiores do que nossas míopes pretensões.

Extraído de "Jornada com Jesus"
Sociedade Bíblica do Brasil

Parem de ler. Não façam como eu. (By Vantuil Goncalves)

Existe um provérbio oriental que afirma a coisa mais fácil de fazer e a outra a mais difícil. A mais fácil é dar um conselho, a outra mais difícil é seguir o conselho. Eu concluiria e diria que ninguém aceita conselho de outro. Infelizmente não posso explicar, aqui, esta minha conclusão.
Mesmo afirmando tudo isso vou repetir, mas sabendo que ninguém vai aceitar: parem de ler. Não façam como eu. Passo a explicar.

Quanto mais você lê, você menos sabe ou em outra perspectiva, você tem mais dúvidas do que aquele que não lê. Aliás, o primeiro passo para se aprender é ter dúvidas. Num dos templos da antiga Grécia tinha na porta de entrada um dizer atribuído a Sócrates que dizia: A única coisa que sei é que nada sei. Eu de minha parte estou pior que Sócrates, pois o mesmo sabia que nada sabia. Eu, no entanto, só tenho certeza de uma coisa: a certeza de minhas dúvidas. Não estou contando piada, realmente tudo que afirmamos como verdade, alguém poderá por em dúvida. Mas isto é assunto para outra reflexão. 

Também, à medida que você lê muito as pessoas o marginalizam. Alguns até o classificam como herege. Interessante que se perguntarmos a estes alguns o que vem a ser herege, eles não saberão definir e, mesmo assim a usam. Joana D’Arc, Jerônimo Savonarola, John Huss, Espinosa, Giordano Bruno e tantos e tantos outros foram condenados como hereges. Por pouco Lutero não foi oficialmente considerado herege. Abrindo um parêntese neste papo: você sabe o que é herege?  
Se você não for considerado herege, no mínimo será evitado.

Outra verdade é o fim de alguns grandes pensadores. Veja alguns exemplos:
·         Nietzsche ficou louco.
·         Fernando Pessoa era dado à bebida.
·         Van Gogh matou-se.
·         Wittgenstein alegrou-se ao saber que ia morrer em breve.
·         Cecília Meireles sofria de uma depressão crônica.
·         Maiakóvsk suicidou-se.
·         Sócrates foi obrigado a beber um veneno mortífero.
·         O Apóstolo Paulo foi decapitado.
·         John Huss foi queimado vivo.
·         Jesus foi morto como maldito.

O místico Osho afirma que ser culto é demonstração de “burrice”. Diz ele que quanto mais somos cultos, mais somos burros. Por que, você perguntará. Ele diz que cultura é uma aquisição de outros. Tudo que você sabe pela cultura vem de fontes, isto é, “de terceiros”. Ele afirma que precisamos voltar a sermos crianças, pois é a  fase mais inteligente do ser humano, até que os adultos  coloquem seus valores. Ele faz uma diferença entre ser culto e ser inteligente. Conclui, então, que precisamos ser inteligentes, e não cultos. Diz ele que “qualquer um pode ser culto, no entanto não ser inteligente”.
A discriminação é tão grande contra o que lê muito, que alguém afirmou para mim que, quem lê muito, fica impotente! Perguntei o porquê e ele me respondeu simplesmente: “Eu acho que é por que lê muito”. Pode rir, mas isto não é piada!
Assim sendo, se você não quer ver cair sobre si esses males, inclusive o último, para de ler!
No entanto, se você está decidido há não seguir meu conselho, deixo uma possível verdade: aquele que lê muito vive mais tempo.

Vantuil Gonçalves