quarta-feira, 24 de maio de 2017

Oferecendo culto agradável a Deus

Existem pelo menos três forças motivacionais atuantes durante os cultos em nossas igrejas. O aspecto racional, emocional e o espiritual.  Nosso maior desafio é estabelecer um equilíbrio entre essas três forças motivadoras da vida, durante os nossos cultos de adoração a Deus.

Nenhum culto pode ser totalmente  racional, visto que a própria bíblia diz que a letra mata. Seria um culto frio e calculista. A razão é uma força poderosa, mas sem os outros aspectos, tende a tratar as pessoas como números. Uma das finalidades do culto é a de instruir em verdade. Mas sem a humanidade a  razão tende-nos a levar a solidão e desespero.

Não podemos ser totalmente emocionais em nosso culto.  Corremos o risco em que a passionalidade nos leve a outro extremo igualmente prejudicial. É bem verdade que a bíblia nos orienta em Romanos 12:12 "Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram." (Romanos 12:15, RA). Sem equilíbrio, poderemos na verdade ter um culto de sensações sem decisões.

Não poderia ser totalmente espiritual, pois somos pessoas dotadas de emoção e razão.  E estamos nesta terra. Não somos daqui, mas estamos aqui. Ainda precisamos sair andando de casa. Não dá para ir ao culto voando usando as asas do espírito. Também não temos todo o conhecimento espiritual para discernir as coisas que não podemos enxergar com os olhos naturais.

O Apóstolo Paulo, nos fala no primeiro versículo de Romanos 12, sobre três questões acerca de nosso culto de adoração a Deus. São elas:

"Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." (Romanos 12:1, RA)


  1. "...apresenteis os vossos corpos como sacrifícios vivos..."
O sacrifício que era colocado no altar, geralmente já estava morto. O sacerdote preparava o animal, para que ele pudesse ser colocado no altar. Quando Paulo nos orienta a nos apresentarmos como sacrifício vivo, está nos falando sobre escolha. O animal morto não tem escolha. Ele precisa estar no altar, porque foi colocado. Mas conosco não é assim. Subimos ao altar do Senhor, porque escolhemos isso. É nossa escolha. E devemos arcar com as consequencias de nossa escolha. A isto damos o nome de "pagar o preço. Para estar no altar do Senhor é necessário pagar o preço. Será que estamos dispostos a pagar o preço para permanecer no altar do Senhor?


  1. "..., santo..."
Deus não aceita qualquer tipo de sacrifício. Isto tem uma aplicação prática em nossa vida. Às vezes, subimos nos púlpitos de nossas igrejas, e fazemos declarações vergonhosas tais como: "Não me preparei", ou   "não tive tempo de estudar" ou até mesmo, "não sei cantar, ma já que é pra Jesus, vai assim mesmo". O sacrifício que o Senhor Deus aprecia é o que provém da santidade. E santidade é como escova de dente: cada um tem a sua. Não posso ficar cuidando da vida do meu irmão, mas posso avaliar os meus caminhos para que sejam sempre agradáveis aos olhos do Senhor.


  1. "...e agradável a Deus..."
Esta última parte é extremamente libertadora. O culto de adoração tem a ver com Deus. Eu não tenho que me sentir bem, eu não tenho que gostar da mensagem ou do louvor, porque o culto não tem a ver comigo e sim agradar a Deus. Deus é o centro do culto. Às vezes, nos colocamos como expectadores de culto, e o que precisamos é de ser adoradores do Senhor. Participamos do culto, a partir do momento em que começamos a nos arrumar em nosso lar, para cultuar ao Senhor. Aí é que começa o nosso culto.

Que possamos escolher estar na presença do Senhor, apresentar a ele a santidade de nossa vida, e procurar sermos agradáveis à vista Daquele de tudo criou.

Boa Semana
(Mensagem pregada na AD do Camarão em 23/09/2011)