quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Questões que precisamos avaliar na igreja.

Estrutra já temos! Só faltam as pessoas.

A forma como definimos os programas da igreja e, quando digo isto quero incluir outras abordagens como departamentos, ministérios, grupos, células e outros, tem seguido três princípios básicos: atividades, continuidade e estrutura.

Em primeiro lugar, buscamos sempre “rechear” a nossa agenda anual com diversas atividades. O critério usado tem sido o de preencher os dias do ano, com as mais diversas programações a fim de que todos possam se ocupar com algo e, se possível, satisfazer anseios e expectativas. Mas o que temos observado, é uma sucessão de atividades que não tem propósito, não buscam nada e por assim dizer, também não produzem nada. É o que chamo de ativismo que significa fazer por fazer. Não existem alvos, nem metas tampouco propósitos. Simplesmente procuramos sistematicamente fazer (ou se ocupar com) algo, como pequenos ratos correndo em nossas gaiolas e não chegando a lugar algum. Assim terminamos as atividades cansados e frustrados.

Outro princípio usado tem sido o da continuidade. “Estamos realizando este congresso, porque sempre o fizemos, e vamos continuar fazendo”. Não existe nenhum tipo de crítica ou questionamento, para avaliar se estamos fazendo a coisa certa. Apenas continuamos fazendo o que sempre foi feito. E nunca paramos para pensar os motivos que levaram os nossos predecessores a organizar tais eventos. È possível que o saudosismo tenha alguma parcela de culpa nesse processo. É quando não conseguimos responder a uma simples pergunta: Por quê? Qual o propósito desta atividade?

Por último, temos desenvolvido eventos/trabalhos/atividades na igreja visando única e exclusivamente a estrutura. Às vezes, temos toda a estrutura montada, mas falta um pequeno detalhe: as pessoas. Vivemos dias em que sobram caciques e faltam índios. É quando damos mais importância ao “como” e deixamos “o que” e “quem” de lado.



Levantamento de necessidades reais e genuínas

Acredito que uma forma saudável de questionarmos nossa forma de agir como igreja, tem a ver com uma questão chamada: necessidade. A primeira coisa que precisamos aprender é a diferenciar necessidades reais e genuínas de frivolidades e caprichos. Como poderíamos classificar de uma necessidade é real? Basta questionarmos se esta necessidade é fruto de nossos “achismos”, ou se existe verdadeiramente. Para tanto, devemos fazer as perguntas certas. Pode ser que alguém diga: - Precisamos fazer culto ao ar livre! A igreja não faz mais culto ao ar livre! Cultos ao ar livre são benção, mas a pergunta certa é: Quem desejamos alcançar? E qual a melhor forma de alcançar este público?

Em seguida precisamos avaliar se esta necessidade é genuína. Porque somente necessidades legítimas podem ser supridas de forma legítima. Muitas pessoas tem o desejo de se tornarem ricas, mas o simples fato de o desejarem não significa que devem se tornar ricas. Algumas pessoas defendem que a igreja precisa oferecer serviços a comunidade. E neste afã, muitos tem se distanciado do propósito da igreja de anunciar a Jesus as pessoas. Não sou contra a igreja oferecer serviços a comunidade. Mas acredito que tais serviços precisam de foco e propósito. Não podemos fazer por fazer.

Mudança de foco

Para combater esta tendencia em nossas igrejas precisamos mudar algumas abordagens. Introduzir o evangelismo por necessidades e o ministério orientado por dons. È necessário tirar o foco das pessoas e devolver o foco da igreja ao Espírito Santo, que “distribui os dons a cada um como quer”.

A Deus toda a glória!

Pr Arlington Silva,
Ativismo: fazer por fazer

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