O exercício da
liderança é um privilégio e uma responsabilidade de poucos. Líderes são
responsáveis pela eficácia (fazer as coisas certas) e a eficiência (fazer as
coisas da maneira certa) da organização. Quando você tem um problema de
liderança, você tem um problema de líderes, e não de liderados. Espera-se,
portanto, que os líderes sejam líderes, isto é, tenham no mínimo, uma visão
clara do futuro para onde conduzem seus liderados, uma sensibilidade aguçada
para que este futuro seja fruto dos sonhos e anseios dos liderados e um senso
de responsabilidade para com a organização/organismo, pois os líderes não são
servos dos liderados, mas servos da visão comum. Servir os liderados é a
maneira como os líderes servem à visão, e não sua finalidade essencial.
Diante destas
responsabilidades, acredito que ninguém será capaz de exercer satisfatoriamente
a função de liderança, sem o desenvolvimento de pelo menos três capacidades.
A capacidade de conviver com a solidão
Líderes são
líderes porque enxergam, percebem, sentem, sabem, estão dispostos a sacrifícios,
possuem paixão diferenciados em relação aos liderados. Um líder na média dos
seus liderados é um liderado que está no lugar errado, a saber, ocupando a
posição de líder. Águias não voam em bandos.
A capacidade de tomar decisões impopulares
John Kennedy
disse que o segredo do fracasso é "tentar agradar todo mundo". O
líder deve sempre tentar construir consenso, mas deve ter coragem para tomar
decisões e assumir responsabilidades. Caso contrário, será um "facilitador
de discussões", e não um líder de fato.
A capacidade de conviver com críticas
Como se diz no
popular, "nem Jesus Cristo agradou todo mundo". Nesse caso, uma vez
que o líder se posiciona, assumindo sua responsabilidade de levar todo mundo
rumo ao bem comum, certamente contrariará interesses particulares, e
conseqüentemente será alvo de palavras duras e imerecidas. Sempre.
Eis algumas
razões porque o exercício da liderança não é para qualquer um.
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